segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Presidentes do Brasil República 2 ºano CDS




1910-1914: Marechal Hermes da Fonseca - Gaúcho, militar, enfrentou a Revolta da Chibata, chefiada pelo marinheiro João Cândido no início de seu governo. Promulgou a lei do serviço militar obrigatório e saneou a Baixada Fluminense. Contraiu novos empréstimos externos para a defesa do café. Em seu governo, houve expansão das linhas telegráficas e férreas. De 1913 a 1914, dissidências partidárias provocaram a revolta dos Jagunços ou do Padre Cícero, em Juazeiro (CE) e na região do Contestado, dominada pelos seguidores do monge João Maria.

Depois do mandato presidencial, elegeu-se senador pelo Rio Grande do Sul, mas renunciou antes de iniciar o mandato, partindo para a Europa e só retornando em 1920. Durante o governo de Epitácio Pessoa, foi preso como presidente do Clube Militar devido a uma conspiração militar arquitetada contra o governo. Foi solto seis meses depois.

1914-1918: Wenceslau Brás - Mineiro, advogado. Rompeu relações diplomáticas com a Alemanha reconhecendo o estado de guerra, em 26 de outubro de 1917. Por causa da 1ª Guerra Mundial (1914-18), o Brasil teve um crescimento industrial imediato para suprir a demanda de produtos que não podiam mais ser importados da Europa. Brás promulgou o primeiro Código Civil brasileiro, que entrou em vigor em 1º de janeiro de 1916.

Foi em seu governo que o Brasil entrou na 1ª Guerra Mundial, em resposta ao ataque a navios brasileiros, em 26 de outubro de 1917, por submarinos alemães. Devido às dificuldades para importar produtos manufaturados da Europa durante o seu mandato, causadas pela guerra, Brás incentivou a industrialização. Faleceu em 15 de maio de 1966, aos 98 anos. Entre os presidentes brasileiros, foi o que teve a vida mais longa.

1918-1919: Delfim Moreira - Mineiro, advogado, exerceu a Presidência de 15 de novembro de 1918 a 28 de julho de 1919. Pertencente à geração de republicanos históricos mineiros, foi deputado estadual de 1894 a 1902. Moreira também presidiu a província de Minas Gerais, de 1914 a 1918. Vice na chapa de Rodrigues Alves, assumiu a presidência em virtude da morte do titular, vítima da Gripe Espanhola. Ficou no cargo até que fossem convocadas novas eleições (na época, a Constituição previa que o vice-presidente só assumiria provisoriamente, caso o presidente morresse antes da posse).

No seu governo, o Brasil foi representado pela primeira vez na Conferência de Paz, em Paris, pelo senador Epitácio Pessoa - que seria eleito presidente em 13 de maio, em disputa com Rui Barbosa. Logo após a volta do novo presidente do exterior, Delfim Moreira passou-lhe o cargo, voltando à vice-presidência. Seu curto mandato ficou conhecido como "regência republicana".

1919-1922: Epitácio Pessoa - Paraibano, advogado. Desde o início do seu governo, tentou assegurar o apoio dos maiores estados da Federação. Além da construção de mais de mil quilômetros de ferrovias no sul do Brasil, a maior obra do governo Epitácio Pessoa foi o Programa de Combate à Seca no Nordeste, com a construção de aproximadamente 200 açudes. Diante do que julgavam ser um "protecionismo ao Nordeste", os paulistas exigiram que uma quantia similar fosse destinada a "valorizar" outra vez o café. Ao ceder às pressões, Pessoa liberou os recursos reivindicados, o que forçou novo aumento no preço do produto.

Professor de Direito, Epitácio Pessoa foi deputado no Congresso Constituinte de 1890 a 1891; ministro da Justiça no Governo Campos Sales; e exerceu simultaneamente os cargos de ministro do Supremo Tribunal Federal e de procurador-geral da República de 1902 a 1905. Com o fim da Primeira Guerra Mundial, chefiou a embaixada do Brasil na Conferência de Paz de Versalhes, em 1919.

1922-1926: Arthur Bernardes - Mineiro, advogado, sofreu com uma estratégia de seus adversários: durante a campanha para presidente, em 1922, foram divulgadas cartas falsas atribuídas a Bernardes que insultavam os militares. Depois de sua posse, em 15 de novembro de 1922, rebelaram-se a Escola Militar, o Forte de Copacabana e a Guarnição de Mato Grosso, na chamada Revolta dos Tenentes. Bernardes ordenou, então, o fechamento dos sindicatos e dos jornais de esquerda. Reformou a Constituição, em 1926, com o objetivo de restringir a exploração de recursos do subsolo. Ao deixar a presidência, foi eleito senador.

Sua carreira política começou como vereador e presidente da Câmara Municipal de Viçosa, em 1906. Foi também deputado federal (de 1909 a 1910 e de 1915 a 1917), e presidente do estado de Minas Gerais entre 1918 e 1922, além de ocupar a secretaria de finanças do estado em 1910.

Bernardes participou da chamada Revolução de 1930, que tirou a oligarquia paulista do domínio federal. Participou também da Revolução Constitucionalista de 1932. Fracassado este último movimento, Artur Bernardes foi obrigado a se exilar em Portugal. De volta ao Brasil, em 1935, foi eleito deputado federal, mas já em 1937 perdeu o mandato devido ao golpe do Estado Novo. Com o restabelecimento da democracia em 1945, elegeu-se novamente deputado, cargo que ocupou até a morte, em 1955.

1926-1930: Washington Luís - Fluminense, advogado, suspendeu o estado de sítio, estimulou a expansão rodoviária, aumentou a reserva de ouro, remodelou a área urbana do Rio de Janeiro (então a capital federal) e desenvolveu uma política de valorização do café. Na época da sucessão, a Aliança Liberal reuniu as oposições em torno da candidatura de Getúlio Vargas contra Júlio Prestes, candidato oficial de Washington Luís.

Ao perder as eleições, os rio-grandenses se rebelaram, em 3 de outubro, sob o comando do tenente-coronel Pedro Aurélio de Góes Monteiro, que marchou para São Paulo. As Forças Armadas depuseram o presidente da República na chamada Revolução Liberal, em 24 de outubro de 1930. Formaram, então, uma Junta Militar com os generais Augusto Tasso Fragoso, João de Deus Menna Barreto e o contra-almirante José Isaías de Noronha. Terminava aí a República Velha.

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