domingo, 28 de outubro de 2012

Resumo República Velha 2 ano CEIS




 Resumo República Velha 2 ano CEIS
A República da Espada (1889 a 1894) – Em 15 de novembro de 1889, aconteceu a Proclamação da República, liderada pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Nos cinco anos iniciais, o Brasil foi governado por militares. Deodoro da Fonseca tornou-se Chefe do Governo Provisório e, em seu governo procurou de uma forma simples incentivar a industrialização no Brasil, para isso ele nomeou Rui Barbosa como ministro da fazenda. Barbosa, teve uma idéia desastrosa, emitia livremente papel moeda (dinheiro) para as incentivar a industrialização. Até então tudo bem, o problema é que os empresários criavam empresas fantasmas (de mentira) para receber os empréstimos. Não sendo o suficiente, eles vendiam ações dessas empresas de mentira na bolsa de valores (e ganhavam mais dinheiro em cima de empresas de mentira, ou seja, as ações não valiam nada, mas o comprador não sabia disso) e por fim, emitir mais papel moeda (ou seja, criar novas moedas) acaba gerando inflação, pois o dinheiro começa a perder o seu valor. Essa política recebeu o nome de “encilhamento”, que significa preparar o cavalo para a corrida. A política do encilhamento tinha tudo para ser um desastre de forma que Deodoro vai renunciar e Barbosa vai ser demitido do cargo.
Em 1891, quando Deodoro renunciou, quem assumiu foi o vice-presidente: Floriano Peixoto (outro militar). O governo do militar Floriano, através do uso da violência, intensificou a repressão aos que ainda davam apoio à monarquia, motivo pelo qual esse período ficou conhecido como República da Espada. Outro ponto importante de analisar nesse período era necessidade de uma nova Constituição, pois a antiga ainda seguia os ideais da monarquia. Assim em 1891, surge uma nova constituição, cheia de restrições e limitações, pois representava os interesses das elites agrárias do país. Na nova constituição instituía coisas como o Presidencialismo, o voto seria aberto e só votavam homens e alfabetizados, a maior parte da população não podia votar.
República das Oligarquias – Após os militares saírem do poder começa o período marcado foi marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor agrário, esse período vai de 1894 até 1930, e quase todos os políticos saiam dos seguintes partidos: Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos controlavam as eleições, mantendo-se no poder de maneira alternada. Contavam com o apoio da elite agrária do país. Dominando o poder, estes presidentes implantaram políticas que beneficiaram o setor agrário do país, principalmente, os fazendeiros de café do oeste paulista. Esse período da história recebeu o nome de República velha, ou República do café, pois toda a máquina administrativa do Brasil era usada para resolver os problemas dos produtores de café, gastando enormes somas de dinheiro público para manter o preço do café alto, fora o fato de que todos os políticos eram em sua maioria cafeicultores ou eram ligados aos cafeicultores.
Política dos Governadores – Montada no governo do presidente paulista Campos Salles, esta política visava manter no poder as oligarquias. Em suma, era uma troca de favores políticos entre governadores e presidente. O presidente apoiava os candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto estes políticos davam suporte à candidatura presidencial e também durante a época do governo.
O coronelismo – A figura do “coronel” era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, onde o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo de violência para que os eleitores de seu “curral eleitoral” votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votasse nos candidatos indicados. O coronel também utilizava outros “recursos” para conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência.
Política do Café-com-leite – A maioria dos presidentes desta época eram políticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes dois estados eram os mais ricos da nação e, por isso, dominavam o cenário político da República. Saídos das elites mineiras e paulistas, os presidentes acabavam favorecendo sempre o setor agrícola, principalmente do café (paulista) e do leite (mineiro). A política do café-com-leite sofreu duras críticas de empresários ligados à indústria, que estava em expansão neste período.
Se por um lado a política do café-com-leite privilegiou e favoreceu o crescimento da agricultura e da pecuária na região Sudeste, por outro, acabou provocando um abandono das outras regiões do país. As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste ganharam pouca atenção destes políticos e tiveram seus problemas sociais agravados.
Revoltas sociais na República – O fim da monarquia, não representou grandes transformações sociais para a população brasileira que permaneceu estagnada vendo os cafeicultores agroexportadores enriquecendo com o uso da máquina do governo. Fora, a questão dos ex-escravos que embora estivessem libertos não tiveram nenhum projeto de inclusão social e econômica para os ex-escravos. Assim, o problema da exclusão sócio-econômica atingiu as populações do campo e da cidade. No meio rural, a hegemonia opressora dos coronéis impulsionavam os camponeses a se aproximarem das alternativas oferecidas pelos líderes messiânicos como José Maria (Contestado/SC), Antônio Conselheiro (Vaza-Barris/BA) e Padre Cícero (Juazeiro/CE). Em situações mais extremas, o chamado banditismo social impulsionava a formação de grupos de cangaceiros que não reconheciam nenhum tipo de autoridade. E por outro lado, nos centros urbanos, o problema da exclusão era visivelmente fomentado por um governo ainda preso às tradições autoritárias e o perfil conservador dos grandes proprietários. No entanto, a formação da classe operária – influenciada pelo ideário socialista e anarquista – foi responsável pela formação dos primeiros movimentos grevistas e levantes populares, como a Revolta da Vacina de 1904.
Paralelamente, os militares também mobilizaram sua classe em torno de manifestações contrárias à hegemonia oligárquica. A primeira manifestação aconteceu na cidade do Rio de Janeiro, onde marinheiros tomaram conta de embarcações oficiais ao protestar contra os baixos salários e os castigos físicos combatidos na chamada Revolta da Chibata (1910). Na década seguinte, o interesse político dos militares ganhou maior presença com o movimento tenentista e a formação da Coluna Prestes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário